Crítica: Dirty Projectors | Swing Lo Magellan

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Novo disco do Dirty Projectors equilibra bem experimentalismo e consumo pop imediato

Sem o hype do disco anterior, Bitte Orca, para atrapalhar, a banda americana Dirty Projectors surpreendeu todos com o novo trabalho, Swing Lo Magellan. Liderados por David Longstreth, o grupo apresentou uma coleção de canções que resumem bem a proposta conceitual – e ousada – de equilibrar experimentação e consumo pop imediato.

É algo pelo qual militam bandas como Deerhunter e que aqui ganha um apelo, vamos lá, mais charmoso. Com ajuda da dupla de vocais femininos Amber Coffman e Susanna Waiche, o Dirty Projectors mostrou ainda mais carisma neste novo disco, como a primeira faixa a ganhar o mundo, “Gun Has No Trigger” e “The Socialites”, com suas texturas eletrônicas. A simplicidade também parece marcar essa nova fase da banda, ainda tecendo comparações.

Longstreth está trabalhando sempre em cima de um detalhe, uma curiosidade, como se tivesse pressa em criar uma ligação com o ouvinte. Isso é sentido na unidade do disco, que chega a se perder. Cada faixa tem personalidade suficiente para se sobressair sozinha. “Maybe That Was It”, a faixa mais ‘difícil’, diz a que veio logo nos primeiros momentos: um lamento arrastado puxado por um solo de guitarra. Pode passar se não for sua praia.

O mesmo dizemos de outras faixas, como a ótima “Impregnable Question”, um mezzo-folk com destaque para o coro, ou o segundo single, “Dance For You”. Não há intenções escondidas em nenhuma música de Swing Lo Magellan. O disco, com certeza, representa um novo direcionamento musical para a banda e a coloca num patamar acima para se tornar um dos mais importantes grupos desta década. [Paulo Floro]

DirtyProjectorss SwingLoMagellan ALBUM COVERDIRTY PROJECTORS
Swing Lo Magellan
[Domino, 2012]
[Recomendado]

Nota: 8,6

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