Crítica: oLUDO | Almirante

oLUDO Carlos Souza

Uma odisseia indie e portuguesa na demanda de uma catarse emocional mais vincada

Da colaboração da Revista O Grito!, em Lisboa

Originalmente concebido para reflectir os sentimentos de um personagem familiar, “Almirante” é percorrido por uma subtil verve indie. E é num balanço marcadamente pop que se vão descobrindo cruzamentos de guitarra que recordam os Radiohead e, por força das intenções, aproximações musicais a épicos de palco.

Disso é exemplo mor o single “Fica Não Te Vás Daqui”. Na colorida “Um Universo Maior”, Davide Anjos e os seus colegas registam na perfeição o fio condutor da história: “O incenso da saudade traz, o aroma da expressão / Sonha e acorda a lembrança, na direção que encontrei”. Quando somos levados a crer que a torrente proto-alternativa dominará o álbum surgem dois felizes exemplos que levam a viagem marítima a outros portos.

Primeiro, no lounge abafado de “A Onda Já Me Levou” e depois com uma pop recambolesca: “Canção Do Almirante”. Mais diversificada, a odisseia de oLUDO termina num crescendo de maior positividade, com “Memórias De Um Dia Perfeito”, a carecer de outros momentos catárticos. [Pedro Salgado]

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Entrevista com a banda, direto de Lisboa

Almirante CapaoLUDO
ALMIRANTE
[oLUDO, 2011]

NOTA: 7.0