100 anos de O Quinze, clássico de Rachel de Queiroz sobre a tragédia da seca

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Rachel inovou na prosa regionalista. (Divulgação).
Traço de Shiko para a obra O Quinze. (Divulgação).
Traço de Shiko para a obra O Quinze. (Divulgação).

O Quinze, um dos livros mais conhecidos da literatura brasileira, completa 100 anos. Escrito pela cearense Rachel de Queiroz, a obra chamou atenção para a sina trágica dos nordestinos com a seca. A nova edição da obra chega às livrarias este mês pela José Olympio Editora, selo da Record.

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Rachel de Queiroz escreveu o livro com apenas 19 anos. A força de sua narrativa, entretanto, chamou a atenção da crítica e do público assim que foi lançado, fazendo da história um sucesso editorial. “A trajetória da autora, até o seu desaparecimento, esteve sempre presente nos momentos constitutivos da história recente do Brasil. Precoce na arte de criar, desde menina, ainda no Quixadá, Ceará, onde nasceu, pressentiu quem éramos, e de que males o país padecia”, disse Nélida Piñon no texto de abertura da edição especial do livro. Além de O Quinze, ela ficou conhecida por clássicos como As Três Marias (1939), Dora, Doralina (1975) e Memorial de Maria Moura (1992).

Rachel inovou na prosa regionalista. (Divulgação).
Rachel inovou na prosa regionalista. (Divulgação).

Há exatos 100 anos, o sertão brasileiro sofria uma de suas maiores secas. A estiagem trouxe fome e aumentou a miséria, traçando um destino trágico para os nordestinos. Foi nesse cenário que Rachel de Queiroz inseriu os personagens de seu romance de estreia. A obra também é tida como uma renovação da ficção regionalista brasileira e serviu de referência para obras do gênero anos depois.

Lançada em 1930, a obra alcança agora sua centésima edição pela José Olympio e chega às livrarias em um projeto especial, com capa dura e prefácio inédito de Nélida Piñon. O livro tem 168 páginas e custa R$ 42.

O Quinze por Shiko

Em 2012, o paraibano Shiko usou seu traço realista e meticuloso para dar vida ao cenário de O Quinze. A adaptação para os quadrinhos saiu pela editora Ática em uma coleção de paradidáticos escolares. Os desenhos da obra foram destaque no festival de Lyon, na França.

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