Crítica: Alanis Morissette | Havoc And Bright Lights

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LUZES E TREVAS
Novo disco de Alanis Morissette é um avanço em relação aos álbuns anteriores, mas ainda longe de seus melhores momentos

Por Renata Arruda

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Quatro anos após Flavors of Entanglement, Alanis Morissette retorna com um álbum que transpira mudança. Longe da Maverick (gravadora que lançou seus álbuns anteriores e cuja relação definiu como “abusiva”), casada e mãe do pequeno Ever, Alanis buscou inspiração na sua nova rotina como esposa e mãe e na sua vida há tantos anos como parte do showbiz em Hollywood para compor as 12 músicas de Havoc And Bright Lights, lançado nos Estados Unidos em parceria com o Collective Sounds e que chega ao Brasil no próximo dia 28 de agosto pelo selo Lab 344.

Leia a letra e veja vídeo ao vivo de “Guardian”

Inicialmente, foi gravado com Guy Sigsworth, depois retrabalhado com o produtor Joe Chicarelli e – entre a dark “Numb”, as baladas “Havoc” e “’Til You” e o pop inofensivo representado por “Empathy”, “Lens”, “Receive” e “Win and Win” – Havoc and Bright Lights é um álbum que busca influências no pop rock dos anos 90, com Alanis escrevendo/cantando não apenas sobre o seu novo status de mãe e esposa, mas também sobre “o desafio, o vício, a recuperação e as dificuldades”.

O disco abre com o rock noventista de “Guardian”, primeira música de trabalho e logo em seguida vem “Woman Down”, que apesar do ritmo dançante toca em um tema espinhoso: “ser uma mulher alpha em meio ao patriarcado, misoginia e chovinismo; e como é ser uma mulher em 2012”. A pesada “Celebrity”, canção mais forte do álbum, faz uma crítica aos valores de Hollywood: fama, riqueza e juventude e em “Numb”, Alanis escreve sobre a busca pelas drogas e medicamentos que nos mantém afastados dos sentimentos indesejados e da realidade.

O álbum está sendo lançado em várias versões diferentes; a maioria disponível nas franquias Amazon: simples (que chega ao Brasil), duplas de CD + DVD ao vivo e CD+CD ao vivo (disponível na Europa), e CDs premium com faixas extras (entre elas, “No”, um de seus melhores momentos; “Jekyll and Hyde”, onde divide os vocais com seu marido, o rapper MC Souleye, e “Magical Child”, composta para seu filho), além de vinil. Há um pequeno avanço em relação aos álbuns anteriores, mas ainda longe de seus melhores momentos.

“Havoc and Bright Lights” está disponível par audição gratuita no Terra Sonora (Aqui)

Ouça: “Numb”, “Celebrity”, “Woman Down”, “Lens”

ALANIS MORISSETTE
Havoc and Bright Lights
[Lab344, 2012]

Nota: 6,0