Ave Sangria leva histórico show de 30 anos para São Paulo

Ave Sangria Santa Izabel 2014 Credito Rapha Oliveira 3
Show da banda no Teatro Santa Isabel. (Foto: Rapha Oliveira/Divulgação).
Show da banda este mês no Teatro Santa Isabel. A banda agora vai para SP. (Foto: Rapha Oliveira/Divulgação).
Show da banda este mês no Teatro Santa Isabel. A banda agora vai para SP. (Foto: Rapha Oliveira/Divulgação).

A lendária banda da psicodelia de Pernambuco Ave Sangria traz seu show comemorativo de 30 anos para São Paulo. Será no Sesc Belenzinho no dia 17 de outubro, às 21h30. Eles lançam o disco Perfumes Y Baratchos, gravado ao vivo no Teatro de Santa Isabel há 40 anos durante a apresentação que seria a última da banda. Os ingressos variam de R$ 5,00 a R$ 25,00 e já estão à venda na rede Sesc.

Formada no início dos anos 1970, a banda contava com Marco Polo (vocais), Ivson Wanderley (guitarra solo e violão), Paulo Rafael (guitarra base, sintetizador, violão, vocal), Almir de Oliveira (baixo), Israel Semente (bateria) e Agrício Noya (percussão). Os músicos misturavam sons do folclore local com o rock e a psicodelia da época.

Inicialmente o grupo se chamou “Tamarineira Village”, mas tempos depois acabou adotando o nome Ave Sangria que segundo conta a lenda foi sugestão de uma cigana que os integrantes conheceram no interior da Paraíba. “Ela gostou de nossa música e fez um poema improvisado, referindo-se a nós como aves sangrias. Achamos legal. O sangria, pelo lado forte, sanguíneo, violento do Nordeste. O ave, pelo lado poético, símbolo da liberdade do nosso trabalho”, explicou certa vez o ex-vocal da banda Marco Polo.

O disco Ave Sangria, de 1974, o único que gravaram ganha uma nova edição em Gatefold e 180g, com o áudio restaurado e masterizado a partir de uma cópia do disco original da época. Faz parte da lista de clássicos como Paêbirú, de Zé Ramalho e Lula Côrtes, No sub reino dos metazoários, de Marconi Notaro, e Satwa, de Lula Côrtes e Lailson.

Ainda em 1974, o grupo fez uma de suas melhores apresentações com o show “Perfumes Y Baratchos”. O público que foi ao Santa Isabel não sabia, mas teve o privilégio de assistir o último show que marcou o fim da banda. O áudio do show foi gravado e quarenta anos depois se transforma em vinil com visual do cartaz original de autoria de Laílson Holanda, diagramado por Camilo Maia, com fotos e cartazes raros do grupo. Com 12 músicas, o material recebeu tratamento do Fábrica Estúdios.

Cartaz original do histórico show. (Divulgação).
Cartaz original do histórico show. (Divulgação).