Cida Pedrosa reúne sua poesia apaixonada e lírica em Gris

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Foto: Rick Rodrigues/Divulgação.

A escritora e poeta pernambucana Cida Pedrosa tem parcela significativa de sua obra reunida em livro a ser lançado pela Cepe, nesta quinta-feira, 18 de outubro (dia do seu aniversário), a partir das 18h, na Câmara de Vereadores do Recife. Em Gris, o primeiro com o selo da Cepe, o leitor encontrará 50 poemas – entre já publicados e inéditos – balizadores do mundo visceral que emerge de seu texto lírico, apaixonado, erótico e, sobretudo, humano.

Com 139 páginas, Gris é apresentado pelo amigo e escritor consagrado Marcelino Freire. Em seu texto (Cida Cidade), Marcelino pontua a amplitude da autora de Bodocó, que nos anos 1980 coordenou o Movimento de Escritores Independentes Pernambucanos: “Poeta que nos pega pelo braço. Faz tempo. Não tem quem no Recife não conheça os seus verbos, soltos. Sua luta lúcida. Cida, cidadã da vida. Enfrenta de faca na mão a solidão das espécies. Uma alma que dá guarida a todos os versos. Feitos de pedra. De carne e de fogo. Não importa. Dessas obras escritas e inscritas no corpo inteiro. Feito uma lágrima tatuada. Cida é clássica. E ao mesmo tempo popular”, destaca Freire.

“Os poemas deste Gris trazem uma mostra significativa da produção desta autora cuja obra se alimenta da urbe e se confunde com o estar na cidade e vivê-la. Poemas curtos e cortantes levam o leitor a um passeio por paisagens multicores, a despeito do que sugere o título do volume. O cinza do asfalto e dos edifícios se mistura na paleta poética de Cida e se converte em pele, músculo, nervos, sangue, coração”, destaca o editor da Cepe, Wellington de Melo.

Do livro Cântaro, a nova publicação da Cepe traz poemas como “Os meninos da minha cidade”, “A festa”, “A casa dos mortos”, “Geração” e “Sayonara”. Do título Gume (2005), constam  poemas como “Rainha dos degredados”, “Milena”, “Bolas de vidro” e “Céu de confeiteiro”.

Também constam da nova edição poemas publicados em revistas, como a Continente (“Diáspora”, “Historinha urbana”, “A viagem das águas” e “Baixa maré”) e Palavra (“Fotografia de guerra”, “Ladainha para Alberto da Cunha Melo”. Da Antologia dos Sete Pecados Capitais em prosa e verso (2016), que reuniu textos de escritores de todo o Brasil, Gris ganhou o reforço do poema “Relicário”.

Doze textos inéditos reunidos em Gris ressaltam a poesia singular e contemporânea de Cida Pedrosa, como “Empatia”, “Paisagem matinal”, “Ninfas” e “Passos”.

O lançamento será nesta quinta-feira (18/10), às 18h na Câmara de Vereadores do Recife (R. Princesa Isabel, 410 – Boa Vista, Recife – PE). A entrada é gratuita.