Cobertura Coquetel Molotov 2013: Juvenil Silva, Cícero, Hurtmold e Team Ghost

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Juvenil Silva ao lado de Aninha Martins (Foto: Caroline Bittencourt / Divulgação)
Juvenil Silva ao lado de Aninha Martins (Foto: Caroline Bittencourt / Divulgação)
Juvenil Silva ao lado de Aninha Martins (Foto: Caroline Bittencourt / Divulgação)

Coquetel Molotov celebra novos ídolos no primeiro dia de festival

O primeiro dia do No Ar Coquetel Molotov 2013 foi para celebrar novos ídolos. O cantor Cícero levou uma quantidade enorme de fãs para o Teatro da UFPE nesta sexta, que cantaram todas as músicas em coro. Talvez até o próprio músico tenha se assustado com tanta devoção. Formado na maior parte por adolescentes, a plateia gritava as letras de Sábado, segundo disco do cantor e a estreia Canções de Apartamento.

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O exílio de Rodrigo Amarante no palco

Um dado interessante é que a música de Cícero, assim como Rodrigo Amarante, que se apresentou no mesmo dia, celebra a introspecção. Mas, no palco Cícero parecia muito à vontade e deu aos fãs um abertura bem maior do que se permite em seus discos. É de se registrar que ele se apresentou bem à beira do tablado do teatro, ficando ainda mais perto de quem se esforçou para conseguir um lugar bem ali à frente.

Cícero tocou bem próximo ao público (Foto: Caroline Bittencourt/Divulgação)
Cícero tocou bem próximo ao público (Foto: Caroline Bittencourt/Divulgação)

Mais cedo, o pernambucano Juvenil Silva abriu os shows no Teatro da UFPE. Membro da banda Dunas do Barato, Juvenil trouxe ao palco músicas de seu disco solo Desapego, em que trabalha uma proposta com ecos de psicodelia. A plateia parecia corresponder ao músico, que se mostrou bem instigado e fez um show todo explosivo, cheio de conversa. Muitas pessoas cantavam as faixas e pareciam gritar aos desavisados que estávamos ali com um novo ícone do pop feito em Pernambuco.

Bem carismático, Juvenil mandou beijo para o pai na plateia (“esse negão aí da frente”) e até respondeu tirando onda para o velho mala que pede “Toca Raul” em show. “Eu toco Raul Seixas em todas as faixas meu velho. Os arranjos são os mesmos”. Ele ainda contou com a participação de Aninha Martins, nome promissor da nova cena recifense, em duas faixas.

O retorno do Hurtmold ao Recife (Foto: Caroline Bittencourt / Divulgação)
O retorno do Hurtmold ao Recife (Foto: Caroline Bittencourt / Divulgação)

O Coquetel ainda trouxe na sexta a banda instrumental Hurtmold, que é o elo de ligação do festival com seu passado. Para comemorar sua décima edição os produtores escolheram uma banda que já tinha se apresentado. A escolha foi muito boa e chama atenção para o fato do grupo nunca mais ter feito um show na cidade depois que tocaram no No Ar em 2005 – eles vieram como a banda de Marcelo Camelo em 2008, mas só agora retornam para uma apresentação própria. Foi possível ver que eles continuam em forma e que representam bem a cara do Coquetel Molotov.

O dia abriu com shows na sala Red Bull Music Academy Stage (antiga Sala Cine UFPE), que teve shows de Rafael Castro, Claudio N e dos franceses do Team Ghost, que empolgaram o público com o som pós-punk dançante e cheio de experimentações eletrônicas.