Com um olhar sobre o sagrado dos terreiros, Roberta Guimarães abre a exposição “Agô”

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Ao todo, foram 3 anos de pesquisas (Foto: Roberta Guimarães/Divulgação)

A fotógrafa pernambucana Roberta Guimarães traz a exposição Agô, que no idioma iorubá significa “com licença”, com 40 fotografias, vídeos e informações sobre os terreiros de xangô de Pernambuco, direcionando o olhar para a diversidade, combate ao preconceito e reafirmação dos direitos humanos.

Algumas sessões fotográficas exigiram mais de 12 horas de trabalho seguidas, acompanhando rituais extremamente minuciosos, como o Ebó das Águas, em que o adepto passa por uma preparação, vai se banhar num rio e depois retorna ao terreiro para finalização da cerimônia. A curadoria é do antropólogo Raul Lody, um dos mais reconhecidos especialistas em cultura afro do país. Formado em Etnografia e Etnologia pela Universidade de Coimbra, é doutor pela Universidade de Paris e responsável por dezenas de estudos na área das religiões afro-brasileiras.

Roberta se junta com o também fotógrafo Breno Laprovítera e com Pedro Andrade (Jacaré), para exibir o dia a dia dos terreiros num audiovisual de 18 minutos; dos rituais e entrevistas com filhos e pais de santos, que falam sobre suas relações com a religião. O fio condutor é a profunda relação da religião com a natureza, que transcende dos atos religiosos para o cotidiano de seus seguidRores.

A exposição vai até o dia 2 de junho, sempre às 19h, no Museu do Estado de Pernambuco, Sala Lula Cardoso Ayres (Av. Rui Barbosa, 960 – Graças, Recife). A entrada é gratuita.