Continuum discute memória e traz shows de Cadu Tenório, Rua, além de exposições e vídeos

Obra SE EU DEMORAR UNS MESES Giovanni Francischelli e Lívia Perez Coletivo Doctela foto de divulgação
Obra coletiva fala sobre o DOPS. (Divulgação).
Cadu Tenório leva experimentações para o Continuum. (Foto: Tay Nascimento/Divulgação)
Cadu Tenório leva experimentações para o Continuum. (Foto: Tay Nascimento/Divulgação)

O festival de arte e tecnologia Continuum anunciou a programação deste ano. O evento, que chega em sua quinta edição, acontece entre os dias 16 e 25 de maio, no Centro Cultural Correios, com o tema “Memória” a partir de três abordagens: memória afetiva, coletiva e a negação da memória.
 
Como aconteceu nos anos anteriores, o Continuum terá seminários, exposições, experimentações sonoras, oficinas, mostra de vídeo e de games, tudo gratuito.
 
Este ano o Continuum apresenta oito obras, como a dos argentinos Joselevich Puiggrós e Julia Vallejo Puszkin com a instalação “Saudade do Mar”, que traz uma provocação sobre a relação do ser humano com o mar, onde os visitantes vivem a experiência de uma cidade hidroespacial. Já “Se eu Demorar uns Meses”, de Giovanni Francischelli e Livia Perez, aborda o cotidiano do DOPS. Uma parte das obras de instalações foram selecionadas a partir de uma convocatória pública. Quem ainda compõe a programação é “Correspondência”, do coletivo pernambucano White Noise (Leo Falcão, Filipe Calegário, Gabriel Furtado e DJ Dolores).
 
A seleção de vídeos esse ano traz o documentário “Evandro, abra um bar!”, de Túlio Falcão, que conta a história de Evandro Sena, dono do bar Iraq e criador do antigo bar Garagem. Também “O Ponto Cego”, do paulista Chico Bahia, que conta a história de um técnico de segurança que redescobre seu bairro de infância através de câmeras de vigilância. O público poderá eleger por meio de voto o melhor vídeo, que estará concorrendo ao Prêmio Continuum, no valor de R$ 2.000,00.

Obra coletiva fala sobre o DOPS. (Divulgação).
Obra coletiva fala sobre o DOPS. (Divulgação).

Na parte musical, este ano o festival apresenta o trabalho do carioca Cadu Tenório, que brinca com o improviso criativo de paisagens e texturas sonoras. Também promove um encontro inédito entre o DJ Dolores e a viola de Hugo Linns no projeto “Fuso”, criando samples e trilhas entre colagens de sons com o instrumento típico da cultura popular. Esta apresentação faz parte também das atividades do lançamento da terceira edição da revista Outros Criticos, em parceria com o Continuum
 
Completam a programação as apresentações da banda Rua; e Poruu – projeto do músico Marcelo Campello e Henrique Vaz, com participação de diversos músicos da cidade. Eles criam músicas e experiências lúdicas e participativas com o som a partir de objetos do cotidiano, como panelas e canos de PVC.

Os seminários também exploram o tema memória em quatro encontros, com as seguintes abordagens. “No futuro o amor e a liberdade serão como num filme?”: a memória do amanhã construída hoje”, com Haroudo Xavier, Jomard Muniz de Brito e Noé Sérgio; “Modernizar o passado é uma evolução?: A memória viva dos corpos, culturas e edificações”, com Cristiano Borba e H.D. Mabuse; “Onde há calçamento pode crer que havia mangue: processos e registros da memória”, com Amélia Reinaldo, Vicente Carelli e Sivana Jeha; e “Fome de tudo e amor de muito: Resistências da memória” com Eduardo Amorim e Rildo Fernandes.
 
Games

Uma das ações mais legais do Continuum, a Mostra de Games, traz esse ano o clássico Flashback, ainda da era dos consoles de 16 Bits e diversos títulos independentes.

O Continuum acontece no Centro Cultural Correios, no Recife Antigo, de 16 a 25 de maio, com entrada gratuita.