Crítica: Ariel Pink’s Haunted Graffiti | Mature Themes

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Ariel Pink se desprende do lo-fi e arrisca mais em segundo disco

Quase falta fôlego para Ariel Pink seguir ultrapassando a barreira do underground indie em busca de um posto relevante em sua geração. Depois de um álbum pop e experimental que chamou muito atenção em 2010, o Before Today, ele chega com esse Mature Themes, que não possui o mesmo carisma, mas mostra que ele pode surpreender.

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A crítica do primeiro disco, Before Today

Segundo disco com sua banda o Haunted Grafitti, Ariel Pink decidiu se afastar um pouco de suas raízes lo-fi e apostou em um trabalho mais sofisticado, com muitas nuances de programação colocadas estrategicamente, criando um clima mais viajado que a explosão de seu primeiro álbum. Isso conta pontos a favor dele, que entregou faixas como “Nostradamus & Me”, mais soturnas, com atmosfera que encosta na psicodelia.

As duas faixas lançadas anteriormente, “Only In My Dreams”, com uma guitarra que faz trilha para um dia ensolarado e “Baby”, uma cover de Donnie and Joe Emerson, ajudaram a chamar atenção para as novidades de Mature Themes. No mais, o que mais se destaca é mesmo o vocal de Ariel Pink, que conseguiu imprimir uma personalidade forte (aquele estilo do além, algo fantasmagórico.

Ainda que não supere o primeiro trabalho, este Mature Themes reforça que Ariel Pink assegurou com personalidade seu posto entre as novas bandas da cena indie experimental. [Paulo Floro]

ariel pinkARIEL PINK’S HAUNTED GRAFITTI
Mature Themes
[4AD, 2012]

Nota: 7,9