Crítica: Cate Le Bon | Cyrk

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Cate Le Bon retorna mais madura e mantém linha nostálgica em novo disco

Por Juliana Dias

Cate Le Bon grava suas canções de 2007, ano do single “One Can Drag Me Down”, que apresentou a “haunting voice” da cantora e compositora galesa, resultado do tom sombrio e da fixação na morte das letras. Mas depois do lançamento e boa aceitação da crítica com os álbuns Edrych Yn Llygaid Ceffyl Benthyg (2008) e Me Oh My (2009) ela fez uma pausa para investir em shows que resultaram em maior reconhecimento internacional.

Neste início de ano, Le Bon presenteia com Cyrk, álbum mais maduro e que continua a linha nostálgica: desde a faixa de abertura, “Falcon Eyed”, encontramos referências do sessentista (e também setentista) Velvet Underground e Nico. Na faixas “Puts me To Work” e “Fold the Cloth” harmoniza entre os instrumentos e a voz, no melhor modo “dark girl with guitar”.

A psicodelia são a maior marca da música homônima do álbum, “Cyrk”, viajando entre o doce “o-o-oh” e as guitarras distorcidas, cujos alguns arranjos assemelham-se aos dos Mutantes. O fechamento fica por conta de “Ploughing Out”, dividida em duas partes, apostando na gradação do volume dos instrumentos e repetição dos versos até a exaustão.

catelebonCATE LE BON
Cyrk
[The Control Group, 2012]

Nota: 8.3

Ouça: “Falcon Eyed”