Crítica: DIIV | Oshin

diiv

DIIV é grata surpresa entre as bandas estreantes deste ano

Uma das mais gratas surpresas a surgir este ano na cenário pop independente foi o DIIV, liderado pelo artista novaiorquino Zachary Cole Smith (do Beach Fossils). O disco Oshin traz uma proposta envolvente de capturar o ouvinte através de guitarras típicas do dreampop e vocais que mais parecem eco. Formado em 2011, somente agora em julho chegou às lojas e internet o primeiro álbum de estúdio.

As influências vão desde o krautrock e bandas dos anos 1990, como o Nirvana, cuja música “Dive” serviu de inspiração para o nome da banda. Típica banda de uma geração que construiu obras quase que inteiramente em seus quartos, como o Atlas Sound, o Ariel Pink’s Haunted Grafitti, e outros, o DIIV assume essa postura de introspecção em quase todas as faixas, a exemplo de “How Long Have You Know” e “Human”, uma das primeiras a serem divulgadas.

Ainda que seja bem pouco perceptível, o líder Cole Smith afirma que também buscaram influências no rock feito no Mali, sobretudo no modo de tocar guitarra (citam um artista chamado Baba Salah). O que reconhecemos, de fato, é uma influência forte do shoegaze. O DIIV, no entanto, se sobressai entre essas referências todas que o cercam por causa de sua sensibilidade para criar o conceito de uma música que leva a um mergulho, a desconexão. Bela estreia. [Paulo Floro]

DIIVDIIV
Oshin
[Captured Tracks, 2012]
[Recomendado]

Nota: 8,4

http://www.youtube.com/watch?v=ClfDZIt6XxE

Encontrou um erro? Fale com a gente

Editor