Crítica – Disco: Far From Alaska | modHuman

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Foto: Divulgação.
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Far From Alaska, de Natal, revitaliza rock pesado no disco de estreia

O Far From Alaska, do Rio Grande do Norte, é uma surpresa no rock nacional em muitos aspectos. Trabalham o peso com uma produção muito esmerada (realize como é difícil encontrar boas bandas com bons arranjos no combo bateria furiosa e distorção das guitarras); o vocal forte de Emmily Barreto e a influência do rock independente atual, bastante aberto aos elementos eletrônicos.

O grupo também soube se vender bem neste disco de estreia, modHuman, que sai pela gravadora Deck. Eles pensaram em um conceito do androide que tenta entender o ser humano através da música. E claro, na imaginação da banda, esse entendimento vem sob riffs pesadíssimos. A capa, com um humanoide robótico esquisito foi assinado por Alexandre Wake.

Faixas como “Dino Vs Dino”, “Thievery” e “Politiks”, lançadas antes do disco oficial sair, já antecipavam que a banda estava um passo adiante do que o independente brasileiro vinha fazendo em questão de rock pesado. Com o trabalho completo conseguimos ver que a banda consegue se comunicar bem com uma cena mundial que trabalha inovações dentro do gênero. O fato de cantarem em inglês deve ajudar.

Com 15 faixas, o disco parece perder um pouco a força nos momentos finais, muito em parte por conta de repetições de algumas passagens. “Tiny Eyes” e “Communications” se parecem muito com o que já ouvimos antes – ainda que sejam bem executadas – e acabam destoando do álbum. A apoteótica “Monochrome”, com seus nove minutos, fica perdida no final do disco. modHuman é um álbum vigoroso e um alento para quem procura por mais peso no indie rock.BR. [Rafael Curtis]

farfromalaska_discoFAR FROM ALASKA
modHuman
[Deck, 2014]

Nota: 8,0