Crítica – Disco: Jay-Jay Johanson | Opium

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Foto: Divulgação.
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A viagem exótica e pop de Jay-Jay Johanson

O sueco Jay-Jay Johanson vem experimentando uma mudança gradativa em seu som desde que abandonou os terrenos do trip-hop para passear por caminhos sem tantos dogmas. Agora, em Opium, ele parece ter atingido a liberdade que sempre buscou. O trabalho tem uma sofisticação de quem pesquisou e testou bastante até acertar.

Apesar do nome sombrio, este novo Opium é uma ode ao poder criativo experimentado por artistas que flertaram com essa droga. Existe um exotismo que perpassa grande parte das faixas – mesmo sentimento experimentado por Jean Cocteau e outros artistas fascinados por opiácios vindo do Oriente.

Há movimentos mais pop no disco, como o single “Moonshine” e até o estilo pop romântico sueco como “NDE”. Não é um trabalho que consegue competir com o melhor de Johanson, mas é a prova de que ele ainda é um artista relevante tanto para a eletrônica como o indie pop.

jayJAY-JAY JOHANSON
Opium
[Kwaidan Records, 2015]

8,0