Crítica – Disco: José Gonzáles | Vestiges & Claws

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Foto: Divulgação.
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Cantor sueco José Gonzáles retorna após oito anos disposto a se renovar

Alguma pessoa desavisada pode ainda não saber, mas José Gonzáles é um músico sueco e não um artista de língua espanhola. Neste seu terceiro álbum, ele se firma como um dos nomes mais interessantes da prolífica cena pop da Suécia. Vestiges & Claws chega após um hiato de oito anos desde que lançou o ótimo In Our Nature.

Filho de imigrantes argentinos, ele é um dos cantores a continuar a trilha percorrida pro Nick Drake e outros heróis do folk. Neste seu retorno, Gonzáles decide apostar no que já deu certo nos seus dois primeiros trabalhos, mas vemos agora discretas influências do post-rock (“What Will”) e até se arrisca em desconstruir o folk em “Leaf Off/The Cave”. Além disso, o que temos é um cantor tentando buscar elevar sua arte para além do trovador com o coração aberto.

O maior desafio de Gonzáles é encontrar uma maneira inovadora de apresentar novidades em sua sonoridade sem desmerecer toda sua proposta autoral desenvolvida até aqui. Esperamos que consiga – e que não passe mais outros oito anos sem lançar nada novo. [PF]

JOSE GONZÁLES
Vestiges & Claws
[Mute, 2015]

7,0