Crítica – Disco: Leo Cavalcanti | Despertador

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Foto: Rafaê Silva/Divulgação.
Foto: Rafaê Silva/Divulgação.
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Leo Cavalcanti segue caminho zen em busca do pop perfeito

O cantor e multi-instrumentista Leo Cavalcanti chega ao segundo disco, Despertador, com muitas boas intenções. A começar por diversas músicas, em tom “zen”, propondo uma iluminação em busca da “era do amor”. A proposta transcendental do álbum se anuncia desde a capa do disco até momentos como “Sua Decisão (Ser Feliz e Contente) ou “Inversão do Mal”.

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O trabalho chega a ser conceitual por toda essa unidade bem construída por Leo e Fábio Pinczowski, que produz o álbum com o músico. O repertório foi construído em parceria com com o poeta e artista plástico carioca Omar Salomão, o escritor paulista Carlos Rennó, Nenung (da banda gaúcha Os The Darma Lóvers) e o guitarrista Guilherme Held.

Há um apelo pop em Despertador, ainda mais que o anterior, Religar. Mas, falta ao artista uma inventividade maior – tanto nas composições/arranjos quanto na interpretação – o que deve ser alcançado se a evolução mostrada até aqui persistir. É que ao pop é inerente essa pressão da melodia perfeita de atração imediata. E isso acaba sendo pouco visto em Despertador.

E nessa busca por uma sonoridade contagiante e acessível, é possível perceber que Leo Cavalcanti evoluiu bastante. E é sempre bom ver boas propostas como essa se inserindo no pop nacional, que ainda sofre bastante tanto em termos de diversidade quanto de qualidade. Sem apelação ou discurso vazio, Leo fez um álbum de fácil deglutição. [Fernando de Albuquerque]

leocavalcantiLEO CAVALCANTI
Despertador
[Disco Maravilha, 2014]

Nota:7,0

https://www.youtube.com/watch?v=lpTXLHPEgtM

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