Crítica – Disco: Wild Beasts | Present Tense

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Foto: Divulgação/Domino.
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Novo disco do Wild Beasts evidencia estética própria do grupo

A banda inglesa Wild Beasts conseguiu burilar seu estilo, que começou como um dream-pop fofinho quando surgiram em 2008, para algo tão próprio que isolou o grupo dentro de uma estética muito particular. É algo raro hoje em dia. A principal mudança em relação ao trabalho anterior, Smooth, foi ajustar os sintetizadores para um tom mais agressivo.

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O convite às mudanças já se evidencia na faixa de abertura, a ótima “Wanderlust”, que traz uma trama de batidas eletrônicas que dialogam com a voz ainda mais empostada do vocalista Hayden Thorpe. O cantor, inclusive parece ter acordado para o fato que seu timbre vocal é o que o Wild Beasts tem mais diferente e passou a aproveitá-lo bem em diversas passagens do disco.

É o caso de “Mecca”, uma das melhores faixas do disco, que coloca a voz em evidência em uma faixa sobre prazer (e a negação desse prazer).

É interessante ver um grupo como o Wild Beasts evoluir em sua idiossincrasia, se afastando do lugar-comum do indie-pop de onde se fizeram conhecidos, para apostar em um tipo de som mais inovador, mas também arriscado. Present Tense, por isso, se torna um disco que não poderia ter sido feito por mais ninguém além deles. E isso não é pouco dentro do contexto musical atual.

Wild_Beasts_-_Present_TenseWILD BEASTS
Present Tense
[Domino, 2014]

Nota: 8,5

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Editor