Crítica – Disco: Yann Tiersen | ∞ Infinity

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Foto: Divulgação.
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Yann Tarsen entre o pop e o contemplativo em novo disco

O músico bretão Yann Tiersen é um dos poucos hoje em dia que se aventuram no terreno do ambient music sem largar as benesses do pop. Seu novo trabalho, que sai este mês, é tanto um disco contemplativo para amantes de world music e viagens instrumentais, como um simpático e assobiável álbum de pop/rock.

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Gravado na Islândia, traz vozes em islandês e bretão em meio a arranjos que apontam para o progressivo. Mas o grande destaque do disco é o talento de Tiersen em usar o silêncio como elemento importante em sua sinfonia experimental. É um disco feito para criar paisagens sonoras (isso nem sempre é fácil, sabemos), mas o músico tem experiência nesse campo.

Ele ficou famoso com a música para a trilha do filme O Fabuloso Destino de Amelie Poulain, de Jean-Pierre Jeunet, ainda hoje um dos seus melhores trabalhos. Ele lançou outros ótimos discos que vale a pena conhecer, como Monochrome e La Parade. Este aponta um novo caminho, entre o pop e o contemplativo.

Tiersen é um dos principais nomes da vanguarda musical atual e consegue como poucos experimentar na instrumentação. Tanta ambição compromete algumas passagens do disco, que chega ao fim da audição aos solavancos. Mas é uma inventividade que vale a pena conhecer. [Rafael Curtis]

yanntiersenYANN TIERSEN
Infinity
[Mute, 2014]

Nota: 7,5