Crítica: Everything Everything | Arc

Everything Everything Arc

Everything Everything

Além do hype, Everything Everything chega munido do espírito de renovação em segundo disco

Legítima representante da genética indie britânica, o Everything Everything arriscou-se neste segundo disco, Arc, lançado em janeiro deste ano. Sem perder o apelo da estrutura clássica da música pop, a banda incluiu arranjos que revelam a busca por uma inovação nas faixas. “Kemosable” e “Torso Of The Week” deixam isso claro, com seus barulhinhos, falsetes, programações bem discreta, guitarras agudas e tudo isso junto.

É também um dos álbuns com letras mais sinceras, bem sofrida, como pede a facção do indie que gosta de sofrer (em algum ano chamado de “indie breakup”). Os temas – amor, relacionamentos – dividem espaço com a solidão e a incapacidade de se comunicar, bastante em voga nos dias de hoje. Arc é um disco de uma banda tentando encontrar seu estilo, um diferencial. Não encontramos aqui o velho conforto do dejavu do rock britânico – que é o caso do The Cribs e outros grupos, por exemplo. Ainda não é a banda que irá salvar coisa alguma, mas é uma grata surpresa.

Formada em 2007 por Jonathan Higgs, Jeremy Pritchard, Michael Spearman, Alex Robertshaw, influenciados por Nirvana, Radiohead e… R. Kelly, o grupo lançou o primeiro disco Man Alive em 2010, quando foi apontado pela BBC um dos artistas a ficar de olho em sua anual e prestigiada lista de revelações. Hoje, a aposta parece acertada, com um disco que traz o desejo de renovação. [Paulo Floro]

Everything-Everything-ArcEVERYTHING EVERYTHING
Arc
[Arc, 2012]
Preço: R$ 25,66 pelo site

Nota: 8,4