Crítica – Filme: Sem Direito a Resgate, de Daniel Schechter

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Jennifer Aniston em ótima fase. (Divulgação).
Jennifer Aniston em ótima fase. (Divulgação).
Jennifer Aniston em ótima fase. (Divulgação).

Sem Direito a Resgate traz ótimo elenco em produção com pouco a dizer

Sem Direito a Resgate, dirigido por Daniel Schechter, parece se apoiar em diversos longas clássicos sobre crime, como alguns thrillers dos irmãos Coen. É um rico material, mas que perde força com um roteiro aquém de sua proposta. O elenco, em ótima sintonia, é o maior triunfo da produção, que parece não ambicionar nada para se manter relevante filmicamente.

A trama mostra a história de um sequestro na Detroit dos anos 1970. Mickey (Jennifer Aniston) é uma esposa perfeita, bonita e rica, casada com o empresário Frank Dawson (Tim Robbins), um ricaço misógino que lhe dá pouca afeição. Ela é levada de sua casa pelos criminosos Ordell (Yasiin Bey) e Louis (John Hawkes). Para atrapalhar, o amigo da família Marshall (Will Forte) está no lugar errado na hora errada e o plano perfeito é destruído. Com um elenco desses o filme tinha tudo para se tornar um pequeno clássico do gênero, mas naufraga na sua limitada visão e pouca ambição estética.

O elenco entrega tanto carisma aos personagens que só as interpretações já são suficientes para dar uma chance ao longa. Dentro desse elenco afinado se destacam as personagens femininas. Aniston está em sua melhor fase com uma atuação bem equilibrada de uma mulher sequestrada, frágil, mas confiante e que busca forças a partir do medo. Já Isla Fisher, como a amante do marido rico, traz uma humanidade bem além do que esperamos do clichê da “rameira vilã destruidora de lares”.

As reviravoltas ao longo da trama e a mudança nos personagens também agarram o espectador e mantém o interesse, apesar do roteiro fraco e da falta de personalidade no conjunto da obra. [Paulo Floro]

SEM DIREITO A RESGATE
De Daniel Schechter
[Life Of Crime, 2013 / H20 Filmes]
Com Jennifer Aniston, Yasiin Bey, Isla Fisher

6,5