Crítica: Laura Marling | Once I Was An Eagle

Laura Marling Once I Was An Eagle

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Laura Marling retorna mais madura e experimental

É bom se preparar: este é um dos discos mais melancólicos e pesados que o folk já conheceu. Foi assim que a cantora britânica Laura Marling vinha antecipando seu quarto álbum, Once I Was An Angle. Bastante coeso em sua proposta de trazer um tom obscuro ao gênero, a cantora experimentou em um tom monótono de sua voz, com poucas variações. É como se quisesse entregar algo mais bruto ao ouvinte, sem apelar para arroubos vocais ou interpretações exageradas.

Mostrando o folk em sua essência Laura fez uma espécie de ode ao gênero. E decidiu fazer tudo sozinha, sem a presença de uma banda, como fez em trabalhos anteriores. As três primeiras músicas parecem ser uma só, uma tentativa de fazer um som sem firulas. A metade final ganha um movimento para um som mais pesado, com ecos da influência de Leonard Cohen e Nick Drake, e mais percussão como em “Devil’s Resting Place”.

Ao fazer deste disco um estudo das possibilidades do gênero que escolheu para atuar, a jovem de apenas 23 anos se mostra muito mais madura e disposta a experimentar.

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Once I Was An Angle
[Ribbon Music, 2013]

Nota: 8,0