Crítica: MIB³ – Homens de Preto 3

mib3 int

MIB³ encerra trilogia com roteiro bem construído

MIB³ encerra a trilogia dos Homens de Preto com uma bem amarrada trama de viagem no tempo que se apropria do melhor que a ficção-científica já fez nesse sentido. Dirigido por Barry Sonnenfeld, o longa consegue aliar sequências de ação recheadas de efeitos especiais e momentos de comédia inspiradas. O melhor: a sintonia entre Will Smith e Tommy Lee Jones continua perfeita.

A história trata do passado do agente K (Lee Jones), quando ele foi responsável pela prisão do temido alien Boris, The Animal (Jemaine Clement, ótimo) e a criação de uma rede de defesa do Planeta Terra. O problema é que o vilão conseguiu fugir de sua prisão na Lua e volta no tempo para assassinar o agente. Agora, J (Will Smith) precisa retornar ao passado para ajudar a versão jovem de K a impedir seu próprio assassinato.

Josh Brolin como a versão jovem de K é um dos destaques do longa. Ele consegue entregar um personagem mais afetuoso e menos ranzinza que sua contraparte do futuro, mas ainda assim com os mesmos trejeitos utilizados por Tommy Lee Jones. A produção do filme caprichou no estilo sessentista, com direito até a aparição de Andy Warhol como um agente secreto dos Homens de Preto.

Dez anos depois de sua passagem pelos cinemas, MIB 3 pode parecer um tanto deslocado, mas ainda continua afiado na sua proposta de satirizar os filmes mais sérios do gênero sci-fi. Ainda que seja menos inspirado que o primeiro e o segundo longa, é um divertido entretenimento com roteiro bem trabalhado, o que significa cerca de duas horas de diversão pura e simples. O tom melancólico do final combina com a saudade que muitos fãs terão da série. [Paulo Floro]

mib3MIB³ – HOMENS DE PRETO 3
Barry Sonnenfeld
[Men In Black 3, EUA, 2012]
Com Will Smith, Josh Brolin, Emma Thompson, Tommy Lee Jones
Columbia Pictures

Nota: 8,0

K uncovers and alien