Crítica: The Hives | Lex Hives

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Seguindo fórmula que gerou hits na década passada, The Hives faz disco dançante, mas sem novidade

Por Ju Simon

Você pode até tentar, mas é impossível não agitar nem um pouquinho a cabeça ao ouvir o novo CD do The Hives, Lex Hives. Novidades? Nenhuma. O grupo sueco, liderado pelo potente “Howlin” Pelle Almqvist, traz o que indiscutivelmente faz de melhor: rock agitado e dançante.

O quinto disco da banda segue a mesma fórmula, que no começo da década passada deixou hits como “Hate To Say I Told You So”, “Main Offender” e “Walk Idiot Walk”. Para Lex Hives, a banda escolheu a palatável “Go Right Ahead” como single de lançamento, mas o restante do álbum traz muitos outros sucessos em potencial.

Com exceção da “bluesista”, Without The Money, o trabalho é acelerado de ponta a ponta. “Come On!” – que é um ‘abre-alas” de um minuto e oito segundos de “come on’s”-, “1000 Answers”, “These Spetacles Reveal The Nostalgics” (punk até o osso) e “If I Had A Cent” pisam fundo.

“I Want More” traz mais peso nas guitarras e Pelle mais comedido que de costume. “Wait A Minute” traz o que há de mais pop nas referências do grupo, facinha de confundir com Strokes em alguns momentos. Para compensar as mais fracas “Patrolling Days” e “My Time Is Coming”, outras duas músicas se destacam no CD. Take Back The Toys lembra muito os primeiros hits da banda: força no baixo, nos berros e nos batidas. Já Midnight Shifter pega leve com mais alegria e fecha o álbum.

A banda não vai ser conhecida por sua originalidade, nem Lex Hives estará entre os melhores trabalhos da década, mas alguma parte do corpo sempre vai mexer quando as doze faixas forem ouvidas. Rock-cabeça pode ser muito bom, mas a diversão pela diversão também tem seu valor.

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Lex Hives
[Disque Hives, 2012]

Nota: 6,9