Crítica: Undeadman – A Saga De Um Imortal Vol. 1

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Undeadman mostra história de guerreiro imortal na Idade Média, mas sem novidades

Lançado durante a Gibicon, em Curitiba, Undeadman é criação de Leonardo Melo, um dos responsáveis pela HQ indie Quadrinhópole. O livro conta a história de um guerreiro imortal que vive durante a Idade Média. É interessante como o quadrinho nacional está explorando diversos cenários e estilos – neste caso, o protagonista Jason de Ely participa das Cruzadas, vivencia a peste negra, vai ao Japão e chega a enfrentar o Conde Drácula.

A obra é de uma imaginação instigante. No entanto, a narrativa é prejudicada pela prolixidade do texto, e pela arte de alguns dos artistas chamados para este volume. Os desenhos carecem de dinamismo, ou mesmo enquadramentos mais ousados. A parte das cruzadas, desenhada por Marcos Roberto, é a mais difícil de ultrapassar. O artista aposta em tons escuros e sujeira, o que confere um ar tenso e claustrofóbico que combina com a proposta do roteiro. No entanto, falta ao traço mais profundidade e perspectiva.

Ao falar de um tema já tão utilizado no cinema, na literatura, nas HQs – que é a imortalidade – os autores precisariam caminhar por caminhos ainda não explorados, e mais inventivos. [Paulo Floro]

UNDEADMAN: A SAGA DE UM IMORTAL VOL. 01
Leonardo Melo (texto), André Caliman, Ângelo Ron, Sandro Andrade, Antonio de Lima, Brão, Marcos Roberto, Thyago Macson, Adauto Silva (arte)
[Quadrinhópole, 144 págs, R$ 25 / 2012]

Nota: 6,2

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