Crítica: Vampire Weekend | Modern Vampires of the City

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Vampire Weekend envelhecendo na cidade
Banda novaiorquina fala de temas como religião, velhice, ansiedade e o mal estar típico das metrópoles

As bandas da geração anterior ao Vampire Weekend (The Strokes, The National, Yeah Yeah Yeahs, The Vines, Interpol, etc) sempre sofreram críticas por fazerem reverência demais aos clássicos do rock, o que acabou influenciando o trabalho de estreia desses grupos lá no início dos anos 2000. Talvez por isso o Vampire Weekend seja tão celebrado: suas referências saem um pouco desse bojo já conhecido de ideias (ainda que não totalmente) e busca inspiração em sons da África, tradições folk europeias e outras paisagens menos acessíveis. Este novo trabalho parece ser uma aprimoramento no que o grupo fez nos dois discos anteriores.

Daí a aclamação geral por parte dos críticos. A ideia foi pegar todas as influências anteriores e adicionar uma proposta conceitual. Modern Vampires Of The City trata de temas que trazem mal estar ao homem moderno, tais como mortalidade, religião, dificuldade em se relacionar, velhice, ansiedade. Há também citações à política e relação das pessoas com a metrópole (no caso deles, Nova York). Ezra Koenig e Rostam Batmanglij, autores da maior parte das letras criaram uma obra-prima ao captar o espírito do tempo sob uma perspectiva global. Musicalmente, é um disco um pouco mais depressivo que os anteriores, mas com uma espécie de alento ao final. Como a própria vida nas grandes cidades. [Paulo Floro]

vampireVAMPIRE WEEKEND
Modern Vampires Of The City
[XL, 2013]

Nota: 8,7

Ouça o disco: