DJ 440 leva som pernambucano ao Boiler Room Recife

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Foto: Cria S/A Alex Ribeiro.

Na próxima quinta-feira (21), o projeto Boiler Room & Ballantine’s Stay True Brazil aporta no Recife para reunir DJs de diversas partes do mundo. No line-up, lendas como Gilles Peterson (FRA), Todd Terry (EUA), Nuts (BRA), Karol Conká (BRA), J. Rocc (EUA), Tahira (BRA) e Nightmares on Wax (Reino Unido).

Na ação, que rola em um lugar secreto só para convidados, os disc-jóqueis fazem performances que podem ser acompanhadas via web no link. Aqui, na terra do manguebeat, quem representa a sonoridade local é o DJ 440, conhecido por comandar as badaladas Terça do Vinil e Vinil em Brasa. Em entrevista, ele comenta sua estreia no projeto e a expectativa para as performances que vão reunir os amantes de música.

Desde quando você conhece o Boiler Room e como você definira o projeto?
Conheci o Boiler há alguns uns anos, quando vi uma amiga postando vídeos dos DJs que ela curtia no Facebook. Achei interessante e fui atrás pra saber do que se tratava. Na minha visão, é uma vitrine enorme para quem toca e bastante inclusivo pra quem assiste. O fato de ser transmitido para o mundo inteiro é muito bacana. O grande público tem a possibilidade de conhecer aquele DJ que nunca teria acesso, que está lá do outro lado do mundo, e ainda assisti-lo tocar ao vivo. É demais!

Quais os motivos que você citaria para o Recife ter entrado na rota do Boiler?
Recife é uma cidade singular musicalmente. Tem estilos e festas únicas. A cultura do DJ ainda é muito banalizada ou marginalizada aqui, e ter um evento desse porte é bom pra todo mundo. Sempre achei que Recife merecia entrar na rota e fiquei muito feliz em receber a notícia do projeto. Recife merece o Boiler, e o Boiler merece Recife.

Como é para você ter sido escolhido anfitrião da noite?
Eu realmente fiquei surpreso e nervoso. Só vejo gente boa participando do Boiler e, quando vi o line-up da edição Recife, fiquei mais nervoso ainda. Confesso que sou mais pesquisador do que DJ. Não sou um mestre dos toca-discos, mas trabalho muito pela música brasileira em festas de rua como a Terça do Vinil (já há 8 anos) e a festa Vinil em Brasa (com 3 anos de atividade), resgatando o que temos de mais legal. Estou muito feliz em estar num evento desse porte representando a minha cidade e ter a oportunidade de mostrar o meu trabalho.

Tem alguma expectativa para o grande dia?
Será uma delícia de noite, sem dúvida, assistir a apresentações de gente do naipe do Gilles Peterson, Tood Terry, Nuts, Tahira, entre outros. Será “massa”, como a gente costuma falar. Muita gente bacana, e ainda estar discotecando no meio disso tudo… Ah, vai ser demais!

Você poderia nos adiantar um pouco do que o público pode esperar da sua performance na quinta-feira (21)?
Pretendo passear pelo regional brasileiro, sons do passado, sons do futuro, coisas do meu Recife também. Vai ter Frevo, Coco… Tudo regado a bons graves!

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