Doc Exu e o Universo busca descolonizar o pensamento sobre a cultura Iorubá no Brasil

Filme faz sua estreia no Festival do Rio com duas sessões

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Longa acompanha o nigeriano Prof. King. (Divulgação).

O documentário Exu e o Universo, do diretor Thiago Zanato em parceria com o nigeriano Bàbálórìsà Adesiná Síkírù Sàlámì, mais conhecido como Prof. King e o músico Marcos “Nasi” Valadão, faz sua estreia mundial com sessões nos dias 14 e 15 deste mês no Festival do Rio. (Serviço abaixo).

Produzido ao longo de cinco anos, o filme acompanha o Prof King, um carismático professor nigeriano que imigrou para o Brasil nos anos 1980, e se tornou um proeminente intelectual e estudioso, que há 30 anos, luta para mudar a percepção da cultura e religião africana no país e no mundo. O professor abriu um centro cultural e escreveu vários livros, mas o seu projeto mais importante ainda não foi concluído, o qual consiste num dicionário Iorubá, que vem sido construído há quase 20 anos, no qual as palavras sagradas Iorubá são devidamente traduzidas e seu real significado é revelado.

“Exu é uma palavra de apenas 3 letras, que carrega uma história fascinante e mal conhecida. A gente tem que respeitar essa história e concertar ela”, explicou Zanato. Exu e o Universo é um filme sobre a descolonização do pensamento e a influência do povo Iorubá na diáspora. No Brasil, um país onde a liberdade religiosa está sob ataque e o racismo é sistêmico, o Prof. King e sua comunidade lutam para provar que Exu não é Diabo.

O roteiro partiu da leitura do livro Exu e a Ordem do Universo, do próprio professor, e se desenvolveu a partir das conversas de Zanato com o professor e Nasi.

Serviço

Exu E O Universo no Festival do Rio.

Dia 14/10 às 17h: Sessão para convidados, no Estação Net Gávea – R. Marquês de São Vicente, 52, Gávea

Dia 15/10 às 10h30: Sessão aberta ao público, seguida de debate, no Cine Odeon – CCLSR – Praça Floriano, 7, Cinelândia