Elza Soares é heroína anti-racista no clipe animado de “Juízo Final”

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Foto: Pedro Loureiro/Divulgação.

Elza Soares, que acaba de completar 90 anos, segue cheia de projetos e em plena atividade. A artista acaba de soltar o clipe do mais recente single “Juízo Final”, todo em animação.

Pensando no momento atual, Elza escolheu interpretar o clássico de Nelson Cavaquinho e Elcio Soares, que versa sobre a constante luta entre o bem e o mal. A banda que acompanhou a diva contou com Pupillo (bateria), Fernando Catatau (guitarra), Guilherme Monteiro (guitarra), Sidão Santos (synth bass), Marcus Ribeiro (cello), Bruno Queiroz (programação, efeitos e intervenções sonoras) e Felipe Ventura (violino, viola e arranjo de cordas).

O clipe, dirigido e idealizado por Pedro Hansen, reforça essa ideia, através de uma narrativa futurista na qual a heroína Onda Negra combate um inimigo baseado numa Brasília situada em meio ao deserto.

Pedro se valeu de técnicas de animação 2D digital, criando as cenas a partir do storyboard que idealizou. “Onda Negra é minha personagem em quadrinhos, que tem muito orgulho da sua raça, ancestralidade, origens e de tudo que viveu. Uma jovem guerreira incansável na luta contra o racismo estrutural, os racistas, machistas, fascistas, homofóbicos, corruptos e os maus políticos. Uma jovem negra de cabelo black power roxo, uma menina comum, de origem comum, como qualquer uma de nós”, diz Elza.

“Seu ‘superpoder’ é o canto grave, rouco, que usa para aniquilar toda sorte de maldade que encontra pelo caminho. Suas ondas sonoras poderosas atravessam toda forma de preconceito, de injustiça, de violência doméstica. Uma guerreira que também usa sua voz para acalentar um coração amoroso, para animar a roda de samba, para protestar com muito rap, hip hop, rock’n’roll”, conta Elza.

Além de “Juízo Final”, esse mês ela lança mais uma música, a inédita “Negão Negra” (Flavio Renegado/ Gabriel Moura), em dueto com Flavio Renegado, que chega aos aplicativos de música no dia 24 de julho, pela Deck.