Eu Curto, Tu Curtes, Ele, o Curta #5: Documentários

Nesta edição, analisamos os documentários Recife de dentro pra fora (1997), filme dirigido pela realizadora pernambucana Kátia Mesel, e Ilha das Flores (1989), do gaúcho Jorge Furtado.

Cena do filme "Recife de Dentro pra Fora," de Katia Mesel (Foto: Divulgação)

Quem curte documentários e quer expandir suas noções sobre esse gênero de cinema em formato de curta-metragem pode acompanhar o quinto episódio do “Eu curto, tu curtes, ele, o curta”, um podcast da Revista O Grito! para quem gosta e quer conhecer a produção dos filmes em curta-metragem no Brasil e no mundo. Apresentação de Alexandre Figueirôa e Túlio Vasconcelos com edição de Jonatan Oliveira. Assine nosso feed e ouça o podcast no Spotify.

Nesta edição, analisamos os documentários Recife de dentro pra fora (1997), filme dirigido pela realizadora pernambucana Kátia Mesel, e Ilha das Flores (1989), do gaúcho Jorge Furtado.

Professor da Universidade Católica de Pernambuco e pesquisador do setor audiovisual, principalmente voltado ao documentário, Cláudio Bezerra também participa deste episódio, analisando o caráter dos doc’s produzidos no Brasil.

Filme inspirado em poema de João Cabral de Melo Neto e sua vida no Capibaribe, Recife de dentro pra fora é um documentário poético sobre o rio, inspirado no poema O cão sem plumas do poeta pernambucano. A obra mostra os diversos aspectos do manancial, do mar, da natureza e da cidade com sua miséria, seus pescadores e sua esperança, tendo recebido prêmios no Festival de Gramado, no Rio Grande do Sul; Prêmio Mikaldi de Prata no Festival de Bilbao, na Espanha e Melhor Documentário no Festival de Vitória, no Espírito Santo.

Por sua vez, Ilha das Flores traça a lógica do sistema capitalista a partir da trajetória de um simples tomate. No filme, Furtado expõe a condição na qual vivem os habitantes de um bairro homônimo na região metropolitana de Porto Alegre. O documentário foi aclamado na época e rendeu, entre outros prêmios, o Urso de Prata para curta-metragem no Festival de Berlim em 1990. Recentemente, foi eleito pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema o melhor curta brasileiro de todos os tempos.

Dicas

Janela para o documentário latino-americano, o CurtaDoc é um espaço dedicado ao documentário latino-americano. O projeto nasceu em 2009 no Brasil como um programa para o SescTV, e desde 2011 é também um acervo online. O CurtaDoc quer ajudar a promover o acesso, o intercâmbio, a integração entre os países e idiomas, valorizando a produção e difundindo o audiovisual como patrimônio imaterial. Assista aqui.

Já a plataforma Bombozila reúne cerca de 500 documentários independentes sobre justiça social e luta por direitos. As produções são realizadas principalmente no Brasil e em outros países da América Latina, mas são apresentados também títulos de países como Palestina, África do Sul, Portugal, Espanha e Estados Unidos. Criada em 2016, no Rio de Janeiro, pela radialista e pesquisadora chilena Sabina Alvarez e pelo documentarista independente brasileiro Victor Ribeiro, a plataforma tem como objetivo ampliar o alcance das produções audiovisuais independentes, de baixo orçamento e com temas de relevância. Acesse neste link a plataforma Bombozila.