Festival gratuito, Recifest exibe curtas com temática LGBT no Cinema São Luiz

"Piu Piu" traz um olhar poético sobre um dos mais antigos transformistas do Recife (Foto: Divulgação)
"Piu Piu" traz um olhar poético sobre um dos mais antigos transformistas do Recife (Foto: Divulgação)

Entre esta quarta-feira (20) e a sexta-feira (22), o Cinema São Luiz, no Centro do Recife, recebe o Recifest, festival gratuito com filmes brasileiros de temática LGBT. O evento, que chega à sétima edição, conta com competições entre os filmes e reúne 22 curtas metragens, sendo sete deles pernambucanos.

Também fazem parte da programação filmes dos estados de Sergipe, São Paulo, Maranhão, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Bahia e Alagoas. André Antônio e Anti Ribeiro assinam a curadoria da mostra competitiva.

A sessão da quarta-feira começa às 19h, com a exibição de “Mar Fechado”, “Pattaki”, “Preciso dizer que te Amo”, “Colômbia” e “A felicidade delas”. Em seguida, no mesmo dia, são exibidos os filmes “Banzo”, “Juca”, “Ilhas de calor” e “NEGRUM3”.

Na quinta-feira (21), também às 19h, serão exibidos “Santos imigrantes”, “Vinde como estás”, “Piu piu”, “Minha história é outra” e “Balizando 2 de julho”. A segunda sessão do dia apresenta as obras “O verbo se fez carne”, “O mistério da carne”, “Cinema contemporâneo”, “A carne é beijo e o avesso água”, “Gordox”, “Colidiremos” e “Barriga de imagens”.

 Um dos destaques do festival é “Piu Piu”, como era conhecido o ator, cenógrafo e figurinista Elpídio Lima foi, talvez, um dos primeiros transformistas do Recife. Nos anos 1950 e 1960, ele atuou na Companhia Barreto Junior, nos palcos dos teatros Almare e Marrocos, onde imitava as cantoras e atrizes Sarita Montiel e Carmem Miranda. Foi também um dos criadores da Companhia Tra-la-lá, de teatro rebolado.

“Descobri a existência de Piu Piu a partir de uma matéria publicada, em fevereiro de 1986, no caderno Viver, do Diario de Pernambuco, de autoria da jornalista Leda Rivas. Nela, Elpidio Lima, já com 65 anos, aposentado e vivendo de maneira modesta como costureiro numa pensão na Rua da Glória, contava, em entrevista, um pouco de sua vida nos palcos iniciada ainda muito jovem, com apenas oito anos de idade, num internato em São José da Laje, Alagoas”, conta o diretor Alexandre Figueirôa, que é editor-executivo da Revista O Grito!.

Na sexta-feira (22) é realizada a premiação dos filmes, que concorrem nas categorias Produção pernambucana, para filmes realizados dentro do estado, com produtora e diretores locais, e Produção nacional, para as obras feitas em todo o Brasil.

No mesmo dia, ocorre o lançamento do livro “Inúteis, Frívolos e Distantes – À Procura dos Dândis”, dos autores André Antônio Barbosa, Denilson Lopes, Pedro Pinheiro Neves e Ricardo Duarte Filho.

Confira a programação

Quarta-feira (20): 19h – Mostras competitivas de curtas

Sessão “Inundar o mundo”

  • Mar Fechado – Dir. Aurora Jamelo (PE)
  • Pattaki – Dir. Everlane Moraes (SE)
  • Preciso dizer que te amo – Dir. Ariel Nobre (SP)
  • Colômbia – Dir. Manuela Andrade (PE)
  • A felicidade delas – Dir. Carol Rodrigues (SP)

Sessão “Pense, dance”

  • Banzo – Dir. Rafael Nascimento (PE)
  • Juca – Dir. Maurício Chades (DF)
  • Ilhas de Calor – Dir. Ulisses Arthur (AL)
  • NEGRUM3 – Dir. Diego Paulino (SP)

Quinta-feira (21): 19h – Mostra Competitiva de curtas

Sessão “Minha cidade é outra”

  • Santos Imigrantes – Dir. Thiago Costa (SP)
  • Vinde como estás – Dir. Rafael Ribeiro e Galba Gogóia (RJ)
  • Piu piu – Dir. Alexandre Figueiroa (PE)
  • Minha história é outra – Dir. Mariana Campos (RJ)
  • Balizando 2 de julho – Dir. Fabíola Aquino e Márcio Lima (BA)

Sessão “Gosto de sangue”

  • O Verbo Se Fez Carne – Dir. Ziel Karapotó (PE)
  • O Mistério da Carne- Dir. Rafaela Camelo (DF)
  • Cinema Contemporâneo – Dir. Felipe André Silva (PE)
  • A Carne é Beijo e o Avesso Água – Dir. Clarissa Ribeiro (RJ)
  • Gordox – Dir. Ivson Santo (PE)
  • Colidiremos – Dir. George Pedrosa (MA)
  • Barriga de imagens – Dir. Maria Bogado (RJ)