Ministra da Cultura repudia invasões bolsonaristas e informa que Iphan irá avaliar destruição

"A dilapidação do patrimônio público e da consciência livre do nosso povo não será tolerada", publicou Margareth Menezes nas redes sociais

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A ministra Margareth Menezes convocou reunião para a tarde desta segunda (9) com técnicos do Iphan. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil).

A ministra da Cultura Margareth Menezes utilizou, nas últimas horas, as redes sociais para repudiar as invasões terroristas que ocorreram nesse domingo (8) aos prédios do Congresso, do Palácio do Planalto e do STF (Supremo Tribunal Federal) por parte de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Além da depredação da estrutura dos edifícios, obras de arte e objetos históricos foram danificados e até mesmo destruídos.

“A dilapidação do patrimônio público e da consciência livre do nosso povo não será tolerada. Os culpados serão identificados e rigorosamente punidos na forma da lei”, escreveu Menezes, na manhã desta segunda-feira (9), em sua conta do Twitter. A ministra informou que o Instituto Nacional do Patrimônio Histórico (Iphan) foi acionado e irá avaliar a destruição cometida nos prédios dos Três Poderes, cujo projeto arquitetônico, assinado por Oscar Niemeyer, é tombado.

Menezes também comunicou, através do Twitter, que a diretora e representante da Unesco no Brasil, Marlova Noleto, entrou em contato e se colocou à disposição para contribuir com a recuperação do que foi depredado. O conjunto arquitetônico de Brasília integra a lista de patrimônio cultural da humanidade da Unesco.

“É urgente avaliarmos os danos e começarmos a recuperação e restauro de todo patrimônio que foi brutal e absurdamente arrasado. Um quadro de Di Cavalcanti destruído a facadas revela tamanha ignorância e violência desses atos abomináveis”, publicou.

Ainda na noite do domingo (8), a ministra se pronunciou através do Instagram. “Nunca a esquerda brasileira, mesmo nos tempos de trevas, danificaram, desrespeitaram ou destruíram os palácios que representam os três poderes”. O posicionamento contesta a publicação feita, também no domingo, pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, através da qual ele atacou a esquerda para tentar afastar-se da responsabilidade dos atos.