Outubro ou Nada revitaliza teatro contemporâneo do Recife

MorreuAntesElaDoQueEu Foto Toni Rodrigues
Cena de Morreu Antes Ela do que Eu. (Foto: Toni Rodrigues/Divulgação)
MorreuAntesElaDoQueEu Foto Toni Rodrigues
Cena de Morreu Antes Ela do que Eu. (Foto: Toni Rodrigues/Divulgação)

A partir dessa segunda-feira (2) a cena teatral recifense entra mais uma vez em ebulição com a realização da Outubro ou Nada – 2a. Mostra de Teatro Alternativo do Recife que, até o próximo dia 14, movimentará a cidade com mais de 30 apresentações e 27 espetáculos, incluindo experimentos cênicos, performances e leitura dramatizadas.

Nessa edição, o evento inclui também a cidade de Olinda na programação e promove uma mostra pedagógica com os resultados dos trabalhos realizados pelos alunos dos cursos livres de teatro da Escola Fiandeiros, de O Poste Soluções Luminosas e da Cênicas Cia. De Repertório.

A programação de espetáculos será aberta no dia 5, às 19h, no Espaço O Poste, no Recife, com a encenação de Haverá um Maldito Aqui Dentro, do Coletivo Loucura Roubada, com direção de Fred Nascimento. Em Olinda, ela acontecerá no Solar da Marquesa, a partir das 21h, com a performance A Chegada de Godot, do Coletivo Caverna. Em seguida será apresentada a peça Risoflora – A História de uma Drag Queen, com Emanuel Deyvid D’Lucard.

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Hamlet Fragmentado estará em cartaz. (Foto: Rogério Alves/Divulgação)

O segundo Outubro ou Nada homenageia o ator Henrique Celibi, falecido esse ano, e exibirá o documentário Henrique, o que Faz Celibi, de Luis Bringel, Bruna Martins e Sandri Rodrigues. Entre as estreias, teremos os trabalhos do Coletivo Acaso – Descomeço – e do Coletivo Despudorado – As Lebres São Maiores que os Ursos. Outra estreia é o monólogo Solo de Guerra com o ator Cleyton Cabral.

Cabral é também um dos organizadores da mostra, ao lado de Marconi Bispo e Rodrigo Cavalcanti, e ressalta o fato do evento ser uma produção coletiva envolvendo o conjunto de artistas, companhias, coletivos e grupos reunidos em torno de uma mesma causa. “Nosso objetivo é dar vitalidade e visibilidade ao teatro contemporâneo na cidade”, diz. A mostra não tem curadoria e está aberta para abraçar o que é feito de forma alternativa.

SoloDeGuerra Foto Ricardo Maciel
Solo de Guerra também está na Mostra. (Foto: Ricardo Maciel/Divulgação)

O ator observa ainda que a Mostra de Teatro Alternativo do Recife não deixa de ser um ato político diante das condições para se fazer teatro na cidade hoje. “Os artistas estão cada vez mais se movimentando para criarem seus trabalhos, mesmo sem apoio de editais de fomento. Em meio ao caos, é preciso ressignificar nosso fazer criativo e explorar novas possibilidades. O Outubro ou Nada é, sobretudo, um ato de resistência”, afirma Cabral.

Os preços dos ingressos variam desde entrada franca até R$ 40,00 (inteira). Mais informações e a programação completa podem ser encontradas na página: www.facebook.com/mostraoutubroounada

Descomeço Foto Fell Silva
Cena de Descomeço. (Foto: Fell Silva/Divulgação)