Rec-Beat 2018: As 10 atrações imperdíveis da edição deste ano

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O grupo de rap Rimas e Melodias: vanguarda feminina do rap. (Divulgação)

Todos os anos o Rec-Beat traz uma programação que privilegia o ecletismo e também apresenta tendências da música, tudo em isso em um espaço bastante experimental que é um palco em um carnaval de rua.

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Diferentemente de um festival tradicional, com entrada paga etc, o polo do Cais da Alfândega estabelece uma relação bem mais entrosada e intensa com seu público, que chega ali mais aberto a propostas artísticas, inovações, mistura de ritmos. Por isso é comum a gente ver num mesmo dia pessoas curtirem música eletrônica francesa, brega-pop do Pará e o rapper mais famoso do Brasil no momento, tudo integrado.

Este ano o festival tem como destaque nomes de peso, que levantam sozinhos, multidões de fãs apaixonados. É o caso de Johnny Hooker, MC Tocha, Erasmo Carlos. Há também espaços para novidades do cenário pop brasileiro como Larissa Luz, Lucas Estrela, além dos rappers Don L, Ana Muller, Diomedes Chinaski e Luiz Lins e o grupo Rimas e Melodias.

Selecionamos os destaques imperdíveis do Rec-Beat para ficar ligado. Mas a dica de ouro é: chegue no Cais pra aproveitar e descobrir coisas, do iniciozinho da noite até a madruga. De graça.

Arrete
O grupo Arrete, formado por três MCs e duas dançarinas, militam em um hip hop de muita generosidade e união, conclamando pelo empotenciamento das minas. Elas também fazem um som com bastante sotaque e referências a ritmos do Nordeste, como o baião e o arrasta-pé. O disco de estreia delas, Sempre Com A Frota, saiu ano passado.

MC Tocha
Maior expoente do brega funk hoje, o MC Tocha mescla elementos de rock, funk paulistano, ragga e música eletrônica de pista. Tudo isso aliado a uma rima simples, mas muito inventiva e com muito carisma. Impossível ficar impassível (e parado). Como outros MCs do novo brega ele representa uma música urbana, periférica, inovadora e bastante conectada com referências globais. Baita acerto do festival em fazê-lo fechar uma das noites.

Erasmo Carlos
Quem é frequentador assíduo já sabe: o Rec-Beat sempre faz reverência a um nome importante da música brasileira. Mestre Vieira, Selma do Coco, Luiz Melodia, Dona Onete, Jards Macalé, Arrigo Barnabé e João Donato já se apresentaram no festival. Este ano é a vez de Erasmo brilhar. O músico encerra esta edição com seus clássicos, mas também trará faixas do novo disco, Gigante Gentil. É uma boa oportunidade das novas gerações conhecerem um dos maiores artistas pop do país.

Lucas Estrela
O Rec-Beat sempre olhou com muita atenção as movimentações do pop paraense. Foi o primeiro grande palco de Gaby Amarantos, antes do estouro nacional. Este ano temos Lucas Estrela, que tem como principal chamariz de seu som a mistura que faz de post-rock, música eletrônica, carimbó e lambada.

Johnny Hooker
Johnny Hooker no Carnaval! Ponto. O que mais tenho pra falar? Um dos shows mais pedidos do público segundo a organização, Hooker costuma provocar catarses em suas apresentações do Cais da Alfândega. Assim como sua última passagem, o cantor vem lançar o seu novo disco, Coração, do ano passado.

Bernard Fevre
Fevre foi pioneiro na música eletrônica ao criar uma versão eletrônica da disco music, Black Devil Disco Club, trabalho que influenciou de forma estrutural a música dance francesa e que até hoje é tido como referência. Se hoje a França tem uma assinatura própria da música eletrônica com nomes como Daft Punk e Air, parte disso é graças a Fevre.

Fémina
Vários ritmos se unem no Fémina, banda da Patagônia, Argentina, formada apenas por mulheres. Os ritmos latinos se fazem presentes, a exemplo da cúmbia, candomblé e bolero. Elas vivem hoje entre Berlim e Instambul e tambpem trouxeram para o seu projeto sonoridades do Leste Europeu e Oriente Médio. Curioso pra esse caldo sonoro no palco do Carnaval.

Don L, Diomedes Chinaski e Rimas & Melodias
O rap vive um momento fértil no Brasil e uma das melhores novidades é a descentralização da produção com nomes interessantes vindos do Nordeste. É o caso de Don L, do Ceará e Diomedes Chinaski e Luiz Lins, de Pernambuco. Outra boa novidade da cena é a presença de projetos que inovam nas batidas e trabalham questões de representatividade feminina no rap, como a Rimas e Melodias. E todos estarão no palco do festival.