Resenha: Temples mistura psicodelia e electropop, mas chega monótono em “Volcano”

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Caminhando na trilha da psicodelia e do pop, o Temples acabou encontrando um terceiro caminho, menos pedregoso, o do rock açucarado. Volcano, o segundo disco desses ingleses soa como uma cartilha de caligrafia preenchida com esmero. Não há risco nem avanço aqui, sobretudo esteticamente.

“Strange Or Be Forgotten” ainda acusa algum charme na busca de uma sonoridade mais particular. “All Join In”, com sua proposta progressiva aliada a batidas electro também é interessante. Mas no geral a banda abandonou a busca por uma estética mais original em troca de um som agradável para uma audiência massificada.

É uma pena, já que eles surgiram em 2014 como parte de uma renovação do indie rock inglês. Experimentado a partir da sonoridade dos anos 60, com nomes como Byrds e Beatles, Sun Structures mostrava potencial e revelava uma banda psicodélica aliada ao sabor do rock do presente. Talvez o excesso de produção tenha atrapalhado o Temples aqui. Ou o receio de deixar fluir o experimento guitarra/programações. O resultado é um disco monótono e desapontador para quem esperava uma evolução nessa viagem.

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