Retorno do Blur: O novo disco

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BOM RETORNO
Banda promete novo disco e avisa: quer manter a relevância no pop cultivada nos anos 90
Por Paulo Floro

Entenda o panorama. Damon Albarn, líder do Blur, 41 anos de idade foi o headliner do Glastonbury, um dos festivais gigantes da Europa. Sua banda, que já significou muito para a geração dos anos 1990 pretende lançar um novo álbum com a formação original e isto está movimentando a imprensa musical.

Não é pouco. Mas, ao contrário de outras bandas egressas de décadas passadas, os ingleses do Blur não experimentaram nenhuma espécie de decadência. Seu último disco, Think Tank foi bem recebido pela crítica e público. Produzido por Norman Cook (mais conhecido como Fatboy Slim) apontava novas direções na sonoridade do grupo, com um flerte pesado com a música eletrônica (ou ‘dance’ como preferem chamar os britânicos).

O único entrevero neste lançamento foi a perda de unidade da banda. O guitarrista e produtor Graham Coxon, amigo de longa data de Albarn abandonou a banda. Ele só participou da gravação de quatro músicas “Battery in Your Leg”, “The Outsider”, “Morricone” e “Some Glad Morning”. A revista UNCUT talhou: “é o disco mais criativo da carreira da banda”.

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Mais cerebral que seus escapistas discos anteriores, não se sabe se o próximo álbum continuará neste caminho mais experimental. Com a volta de Coxon ao grupo, talvez as ideias políticas e estéticas de Albarn – cada vez mais numa viagem lunática e intelectual após o Gorillaz – sejam amainadas. Em entrevistas recentes à imprensa inglesa, eles já afirmaram que estão fazendo jam sessions para descobrirem novos sons. À Rádio BBC 6 Music, o baixista Alex James e Coxon confirmaram a intenção de um novo registro, mas sem pressão. “Estamos dando o tempo certo para fazer jus a este novo trabalho. No momento, vamos nos divertir com esses shows (de retorno)”, avisou.

O mesmo James garantiu ao semanário inglês NME que o quarteto volta ao estúdio em outubro. Voltando à sonoridade do novo disco, a dualidade entre o pop já conhecido do grupo e experimentações estão em pauta nas discussões da banda. “Ter boas guitarras seria bom. Mas eu falo com o Graham sobre mandolins e música progressiva”, afirmou o músico.

Antes disso, o Blur lança a coletânea dupla com hits dos 20 anos do grupo. O nome é uma prova do desejo de se manterem relevantes à rápida geração dos 00: Midlife: A Beginners Guide to Blur (Meia-Idade – Um Guia para Iniciantes do Blur).

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