Salão do Livro Político discutirá crise política, resistência indígena e feminismo

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Mural da Mona Lisa feita por Banksy (Foto: Divulgação/Salão do Livro Político).
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Mural da Mona Lisa feita por Banksy (Foto: Divulgação/Salão do Livro Político).

Começa dia 5 e vai até dia 8 de junho o III Salão do Livro Político, no Tucarena, teatro da PUC-SP. O sociólogo alemão Michael Heinrich, biógrafo de Karl Marx, e o professor da Universidade de Coimbra, Boaventura de Souza Santos, estão entre os convidados.

O evento traz temas sociais e políticos bastante urgentes do mundo atual. Um dos destaques dos debates, claro, será a atual crise política brasileira. Também serão abordados da resistência indígena à revolução em curso das mulheres e à questão dos refugiados. O Salão ainda discutirá a pertinência de falar sobre Marx e o marxismo hoje, além de primeira greve geral no Brasil.

Entre os palestrantes e debatedores estão o biógrafo de Karl Marx, o sociólogo alemão Michael Heinrich e o acadêmico português Boaventura de Souza Santos, da Universidade de Coimbra. Participam ainda nomes como Rafael Valim, professor da PUC-SP, e o jornalista e acadêmico Venício Lima, ex-membro do Conselho Curador da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que discutirão o tema Estado de exceção. Estão na programação também os professores Reginaldo Nasser e Tércio Redondo, Antonio Rago Filho, Lidiane Soares Rodrigues, João Quartim de Moraes e José Arthur Giannotti, Osvaldo Coggiola e Luiz Bernado Pericás, entre outros intelectuais de destaque e políticos de vários partidos de esquerda.

O objetivo do evento é dar mais visibilidade às obras políticas, que recebem pouca divulgação e espaço nas livrarias, e incentivar vendas e leitura desses livros, que hoje representam apenas algo em torno de 2,5% do total dos publicados no país a cada ano, considerando-se as três áreas correlatas (sociologia, filosofia e economia). A ideia é ainda fortalecer as editoras independentes, que concentram as publicações do segmento, empunhando suas bandeiras, como a que defende o Projeto de Lei 49 de 2015. Conhecido como lei do preço fixo, o PL institui a política nacional de fixação do preço do livro, mas está congelado no Senado Federal.

Uma das atividades desta edição é o Curso livre Marx-Engels: O capital. Haverá ainda projeção de filmes, exposição de charges do cartunista Gilberto Maringoni e oficina de cartazes. Na feira de livros estarão representadas cerca de 30 editoras, oito mais do que em 2015, que oferecerão livros com descontos de até 50%.

Além das editoras, incluindo algumas universitárias, como a Educ, que integra a organização, participam fundações e institutos de partidos políticos e as revistas Carta Capital, Critica Marxista, Margem Esquerda, Princípios e Marxismo Vivo. Organizam esta edição as editoras 34, Alameda, Autonomia, Anita Garibaldi, Educ, Boitempo e Sundermann. Mais detalhes no site oficial.