Cartunistas Wolinski, Cabu, Tignous e Charb foram mortos no atentado ao Charlie Hebdo

Quatro dos principais nomes das HQs de humor na França, Wolinski, Cabu, Tignous e Charb foram confirmados entre os mortos no atentado à revista Charlie Hebdo, nesta quarta (7), em Paris. As informações foram confirmadas pela polícia francesa.

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A cobertura do atentado à sede do Charlie Hebdo

Segundo informações da AFP e The Guardian, dois homens entraram na redação e iniciaram um tiroteio com fuzis. A revista já tinha sido alvo de ataques no passado depois de publicar caricaturas do profeta Maomé, o que é proibido segundo a religião muçulmana. Três anos atrás a sede chegou a ser incendiada em retaliação às charges.

Wolinski tinha 80 anos e era considerado um mestre da charge. Ele trabalhou em revistas como Libération, Paris-Match, L’Écho des savanes e fundou a famosa revista satírica L’Enragé em 1968. “Wolinski influenciou todo mundo que vocês conhecem: Ziraldo, Jaguar, Nani, Henfil, Fortuna”, disse o cartunista brasileiro André Dahmer.

Jean Cabut, outra vítima, era bastante popular na França, com passagens pela TV. Ele foi um dos fundadores da publicação Hara-Kiri, nos anos 1960. Stéphane Charbonnier, conhecido como Charb, era diretor da revista e um dos defensores da liberdade de expressão da publicação após as primeiras polêmicas com as charges de Maomé. Ao lado de Tinous, também morto, fez sua fama dentro das páginas da Charlie Hebdo.


Um dos últimos trabalhos de Charb.

No Twitter, cartunistas mostram pesar ao atentado e apoio às famílias das vítimas, como Liniers.